Case de Sucesso – Governança Digital em Andradas

Realizamos uma entrevista com o ex-prefeito de Andradas, Rodrigo Lopes, para colher os resultados da iniciativa do projeto de governança digital.

Assista a entrevista e confira abaixo os principais trechos selecionados:

A cidade de Andradas foi o primeiro cliente Sonner a utilizar os produtos da solução na totalidade, com a devida integração para um governo digital visando a eliminação de papel.

Rodrigo já era servidor público na prefeitura antes de se tornar prefeito e já usava os sistemas Sonner. Quando assumiu o cargo, em função da vontade política e visão quanto a modernização da gestão pública municipal, tinha como principal objetivo a eliminação da quantidade de papéis que se acumulavam na mesa:

“Eu sempre quis acabar com o papel. Além da questão do custo, há a questão dos arquivos, gerando risco de perda, de processos, risco de extraviar… Eu falava que até o final do mandato queria ter um projeto totalmente digital. E depois o acervo seria digitalizado aos poucos, até que em algum momento, a prefeitura conseguisse ter todos os seus arquivos em uma plataforma digital.”

Outro fato importante que o ex-prefeito ressaltou, além da eficiência, foi o custo do papel, mas não apenas o custo da impressão, todo o custo do acervo físico, incluindo o espaço onde o arquivo é alocado:

“Você tem que considerar que o papel tem um custo. Além do custo do papel em si, tem o custo da impressão, o custo da ocupação do espaço para o arquivo. Você vai precisar do imóvel, do espaço, do cuidado com o arquivo. Então, esse é o grande problema do papel. Eu sempre dava o exemplo do sulfite. É uma das despesas mais irrelevantes, né? A folha de sulfite. Porém, a gente (prefeitura) tinha 1150 funcionários. Se cada funcionário desperdiçar 1 folha de sulfite por dia, a gente vai jogar fora 2 pacotes de 500 folhas por dia. Isso porque Andradas é uma cidade relativamente pequena… Imagina uma cidade grande. É um custo muito pequeno, mas quando você o coloca no contexto geral da administração é um custo alto… Um processo físico tem 20 impressões no mínimo. Aí você pega a quantidade de 14 mil processos do ano de 2020 e multiplica por 20 impressões, fora a tramitação, despachos… Então, você cria um volume gigantesco de papel.”

Rodrigo também cita a facilidade do protocolo e assinatura digital:

“ Efetivamente a partir de janeiro de 2020 nós entramos com o protocolo totalmente digital, ou seja, qualquer pessoa pode da sua casa acessar o sistema, fazer seu protocolo e além disso, nós temos um apoio da prefeitura para as pessoas que não tem acesso a internet  (…) Em relação a assinatura digital, era uma coisa que me incomodava pois aparecia meu nome e meu cpf, isso pra mim não tinha validade, e em março de 2020 nós ganhamos a assinatura digital com QR Code, então isso deu ainda mais credibilidade.”

Rodrigo também ressaltou a importância dos processos digitais durante a pandemia:

“Em março de 2020 veio a pandemia, e com isso o sistema não foi prejudicado. Imagino que em muitas prefeituras, o atendimento ao público foi comprometido. Como a gente tinha já o sistema implantado, nós não tivemos prejuízo para a população. Tanto que no ano de 2019 nós tivemos aproximadamente 13.000 processos administrativos/entradas de protocolo e em 2020 nós tivemos mais de 14.000. Ou seja, o fluxo seguiu normal, até aumentou.”

O ex-prefeito menciona algumas vezes durante a entrevista a questão de resistência por parte dos servidores quanto às mudanças, mas ressalta que pelo de eles já conhecerem e confiarem no sistema Sonner, facilitou a implantação.

Com a iniciativa da governaça digital e seus diversos benefícios, foi possível notar uma grande melhora no desenvolvimento dos serviços públicos e a satisfação do governo e população.

Como a pandemia acelerou o processo de digitalização nas cidades

Por Larissa Tavares

No início de 2020, prefeitos e gestores de muitas cidades brasileiras avaliavam com cautela a disponibilização de alguns serviços públicos de forma digital para a população. Além de aspectos socioeconômicos, haja visto a falta de acesso à internet para todos, outros receios preocupavam a alta gestão, como a mensuração da demanda e a capacidade de atendimento do órgão público.

Apesar da grande maioria dos gestores públicos reconhecerem os benefícios da tecnologia na otimização dos recursos e do planejamento, ainda enfrentamos desafios na implantação de soluções que contribuem com a eficiência da administração pública. Normalmente, as cidades com mais de 300 mil habitantes possuem um nível de digitalização maior, devido a sua demanda interna. À medida em que o número de habitantes por cidade reduz, cresce em proporção o número de cidades que encontram dificuldades em investir em soluções de TI para modernização da máquina pública.

Do ponto de vista tecnológico, o dinamismo de evolução e transformação é evidente e corremos o risco de estarmos constantemente ultrapassados. No contexto dos governos, alguns fatores, como a falta de infraestrutura, cultura organizacional, vontade popular ou mesmo recursos financeiros, podem ser obstáculos para a implantação de soluções de gestão que aceleram a digitalização.

O processo de transformação digital para o poder público, assim como no âmbito privado, é complexo e envolve particularidades que podem variar entre regiões ou cidades. Desde a unificação e validação de dados até a possível necessidade de reformulação de processos, tais modernizações exigem um esforço conjunto para proporcionar melhores resultados.

A pandemia acabou forçando a adoção de novos hábitos digitais. O “novo normal” trouxe a necessidade de estarmos conectados digitalmente, incorporando mais tecnologia no nosso dia a dia. Esse aspecto representa um ganho positivo, do ponto de vista da aceleração da digitalização nas prefeituras, contribuindo com a gestão nesse momento tão desafiador.

Desde então, percebemos um avanço tecnológico considerável nas cidades, na disponibilização de serviços digitais para a população e adoção de metodologias mais ágeis, automatizadas e virtuais. A implantação de tais práticas proporcionou inúmeros benefícios, como a possibilidade de um melhor planejamento das demandas dos munícipes, ocasionando, em algumas prefeituras, um aumento de até 50% na capacidade de atendimento*.

Algumas áreas e secretarias sentiram fortemente o impacto da pandemia e tiveram que encontrar alternativas, especialmente a Educação e a Saúde. A paralisação das escolas ocasionou a interrupção das atividades para inúmeros alunos, nos pressionando para enxergarmos novas possibilidades. A manutenção da comunicação ativa entre professores e alunos e a viabilização de conteúdos didáticos só foram possíveis com a utilização de soluções tecnológicas de gestão escolar, que se adaptaram e incluíram funcionalidades de ensino remoto, com videoaulas, links, chat e aplicativos.

Na Saúde, a tecnologia salva vidas a partir da garantia de abastecimento, do controle de estoque e de vagas nos leitos dos hospitais públicos municiais. Porém, as inovações também contribuíram com agendamentos, atendimento por telemedicina, visualização de exames online, boletim médico virtual, entre outras demandas que foram implantadas na pandemia e que, com certeza, permanecerão como um ganho importante para a eficiência nos processos públicos. Tudo para contornar os desafios e propiciar facilidades para a população.

Um dos aspectos importantes de uma gestão eficaz é a visualização do cenário completo para a elaboração do planejamento estratégico com a máxima eficácia. Nesse sentido, para a implantação de novas tecnologias nas cidades, a integração de dados é fundamental para permitir a obtenção de análises estratégicas amplas, a fim de mensurarmos o impacto das ações e políticas públicas. Além disso, a utilização de sistemas integrados evita o retrabalho, erros ou dificuldades de processamento de informações entre os setores. Estamos em um momento difícil em função da pandemia e aceleração dos casos de covid-19 pelo mundo, sobretudo no Brasil. Os gestores públicos carecem de soluções e dados que os auxiliem no combate ao vírus. Sabemos que ainda há muito a ser feito para levar mais digitalização para as cidades. Porém, podemos ter a certeza de que, cada vez mais, a tecnologia avançará e novos recursos estarão disponíveis para as cidades, contribuindo com a modernização tecnológica da gestão pública.

*Dados obtidos a partir de resultados de cidades que implantaram a Plataforma Cidadão Online da empresa Sonner.

Larissa Tavares é formada em Relações Internacionais, está cursando MBA no Insper e atua há mais de 10 anos em projetos de inovação. Atualmente, gerencia a área de Marketing da Sonner, que há 25 anos desenvolve soluções tecnológicas para tornar as cidades mais inteligentes.

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